terça-feira, 13 de abril de 2010

Gestão de Conteúdo

Avellar & Duarte (2007) define Gestão de Conteúdo como sendo:

“O conjunto de processos e tecnologias, escolhidos a partir dos objetivos estratégicos, que visam à publicação e ao compartilhamento de conteúdo por diferentes usuários de uma comunidade. Inclui a produção, a publicação e a manutenção descentralizada de conteúdo, em que os conteudistas disponibilizam informações ao público (consumidores, parceiros, funcionários e clientes), em tempo real. Abrange o ciclo de vida completo das informações desde a criação, o fluxo de trabalho e o controle de versões, até a sua publicação.”


Segundo Forrester Research e o Gartner Group, citado por Giuntini (2002), gestão de conteúdo é definida como “conjunto de processos e ferramentas de suporte à colaboração de publicadores, administradores e gerentes de negócio, designados a gerenciar a produção on-line e distribuir informação para um público definido, através de variadas mídias e interfaces”.

A Gestão de Conteúdo tem como intuito auxiliar as empresas nos seus objetivos estratégicos através do compartilhamento do conteúdo vindo dos mais diferentes colaboradores e fontes. Ela procura através disso facilitar e auxiliar o fluxo da comunicação entre a empresa e seus funcionários e a comunicação entre os próprios funcionários. A Gestão de Conteúdo não é só administrar do conteúdo das empresas, ela procura também mostrar para as empresas quais conteúdos são realmente necessários para auxiliar nos processos.

”A gestão de conteúdo realizada de forma planejada potencializa a eficiência das empresas, aumentando o controle e gerenciamento da operação, diminuindo custos, melhorando a satisfação dos clientes e reduzindo o ciclo para a realização de processos” (Giuntini, 2002).

A Gestão de Conteúdo pode ser feita de forma mais fácil devido a tecnologia existente, os CMS, ou Content Management System. Mas mesmo com esse facilitador é preciso primeiramente identificar e definir quais são os conteúdos que a empresa precisa para auxiliar nos processos e objetivos da mesma, conforme Giuntini (2002) “é necessário que, além de uma boa estrutura tecnológica, sejam bem definidos os objetivos e as metas que deverão ser atingidos para administrar o conteúdo”.

Para auxiliar nessas definições é importante que a empresa tenha bem definido os seus objetivos ou sua visão, que segundo o site Avatare “é como a organização quer estar em alguns anos, o que quer e o que prevê a longo prazo”. Com os objetivos bem definidos é mais fácil definir uma estratégia, que é como chegar até o objetivo desejado, e a Gestão de Conteúdo pode auxiliar nesse processo visando um melhor posicionamento da empresa no mercado.

Fontes:
AVELLAR E DUARTE. Gerenciamento do conteúdo. Disponível em: http://www.avellareduarte.com.br/projeto/desenvolvimento/desenvolvimento3/desenvolvimento3.htm. Acesso em 22 jun 2007.
GIUNTINI, Marcos. Por que é importante investir em gestão de conteúdo?. Disponível em http://www.avantare.com.br/artigo_011.htm. Acesso em 12 abr. 2007.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Características do Conteúdo - 4º Parte - Metadados

Boiko (2005) define que conteúdo é informação mais data, pois o conteúdo é formado de metadados que descrevem as informações do conteúdo, ou seja, os dados são utilizados para fornecer uma versão simplificada do contexto e idéia acerca da informação, são os chamados metadados.

Alcantra (2004) define metadados da seguinte forma:

Todo dado utilizado para descrever, indexar, recuperar ou qualificar dados ou fontes de dados, sejam estes (dados ou fontes) estruturados em base de dados ou não, obtidos por meio de tecnologia ou não, para utilização em quaisquer sistemas de informação com propósito de atender a necessidades de negócios, tecnologia e usuários, devendo fornecer contexto e podendo indicar o grau de qualidade relativo aos mesmos.

Os metadados são utilizados para fornecer informações sobre o conteúdo. Esses metadados podem ser, por exemplo, os dias em que cada fase do ciclo de vida aconteceu e seus respectivos responsáveis, a qual classificação esse conteúdo pertence, o status atual do conteúdo e tantos outros mais existentes.

Fazer o levantamento de quais metadados serão necessários para o conteúdo é outro trabalho que deve ser realizado pelos gestores de conteúdo. Os metadados são um dos grandes facilitadores no gerenciamento de conteúdo, pois com eles pode-se saber quem criou ou modificou o conteúdo e se ele está disponível para o público.

Os metadados não fazem parte do corpo do conteúdo, mas eles podem auxiliar no entendimento e gerenciamento. Um exemplo dado por Alcantra (2004) que mostra bem esse contexto é de “buscar uma determinada informação em um banco de dados sem que se conheça o real significado de cada um dos objetos ali armazenados”. Se não se sabe o que aquele dado quer dizer então, dificilmente se saberá como utilizá-lo.

Lourenço (2007) cita em seu trabalho a tabela criada por Gilliland-Swetland (2002, p.5) que contém os tipos de metadados e suas funções. Ele dividiu os metadados em cinco tipos para melhor classificar.

Administrativo são metadados utilizado na administração de recursos de informação. Ele cita como exemplos aquisição de informação, direitos de reprodução, critérios de seleção para digitalização etc.

Descritivo são metadados para descrição de recursos de informação. Cita como exemplos catalogação de registros e índices especializados etc.

De Preservação são metadados utilizado para preservação de recursos de informação. Cita como exemplo documentação das condições físicas dos recursos etc.

Técnico são metadados utilizado para conhecer as funções de um sistema ou o comportamento dos metadados. Sita como exemplos hardware e software, dados de segurança, documentação etc.

De uso são metadados relativo ao nível e tipo de uso de um recurso de informação. Cita como exemplos registros de exibição, sumário de re-uso e de versões etc.

Para Gestão de Conteúdo todos esses tipos de metadados podem ser utilizados, vai depender muito de qual grau de detalhe o gestor vai adotar.

O tipo Administrativo poderá ser utilizado para armazenar, por exemplo, a forma de aquisição do conteúdo, o site UOL faz parcerias com outros sites e revistas para disponibilizar o conteúdo dos mesmos e os dados dessas parcerias podem ser colocadas nesse tipo de metadados.

O tipo Descritivo poderá armazenar uma versão simplificada do contexto do conteúdo, segundo Lourenço (2007) ele pode ser utilizado ainda para tratamento dos recursos informacionais, usando conjunto de técnicas de catalogação, classificação e indexação da Ciência da Informação.

O tipo de Preservação pode ser utilizado para armazenar a fonte do conteúdo como autor, site, revista e outros.

O tipo Técnico pode ser utilizado para armazenar hardware e software necessário para visualização do conteúdo, por exemplo, se o conteúdo for um arquivo no formato “pdf” ou “doc”.

Já o tipo de Uso pode ser utilizado para armazenar o perfil dos usuários que pode acessar o conteúdo.

Como dito anteriormente, a utilização dos tipos de metadados vai de acordo com a necessidade do projeto, sendo que o mais utilizado é o descritivo que normalmente são colocados às características do conteúdo armazenado como a classificação do mesmo, por exemplo.

Fontes:
ALCANTRA, Alexandre de. Metadados - Conceitos e uso expandidos. Disponível em: http://datamodelling.com.br/site/upload/conceitos/Metadados%20-%20Conceito%20e%20Uso%20Expandidos.pdf. Acesso em 01 mar 2007.
BOIKO, Bob. Content Management Bible, 2nd Edition. Indianapolis: Wiley Publishing, 2005.
Lourenço, Cíntia A. METADADOS: o grande desafio na organização da web. Disponível em: http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/viewFile/466/625. Acesso em 23 ago 2007.

Características do Conteúdo - 3º Parte - Classificação / Categorização do Conteúdo

“O homem não tem condição de lidar com cada entidade que existe no mundo de forma separada, por isso ele agrupa as entidades de acordo com características em comum. Quanto mais grupos ele cria, mais entidade consegue lidar” (Amstel, 2005).

Segundo Reis (2005) e Lima (2007) categorizar é “agrupar entidades (objetos, idéias, ações, etc.) por semelhança” e Reis (2005) ainda completa dizendo “essa é uma habilidade natural que a mente humana usa para compreender o mundo ao seu redor”.

O ato de categorizar é feito com o intuito de facilitar o agrupamento de elementos que possuem propriedades em comum. Reis (2005) coloca ainda em seu texto a citação de JACOB e SHAW (1998, pág. 155) em que eles afirmam que categorizar “não apenas facilita o armazenamento da informação, mas também reduz a demanda da memória humana”.

Existem várias formas de classificar o conteúdo entre os mais comuns estão ainda os primeiros sistemas de classificação baseada na teoria clássica de Aristóteles, onde é criada uma grande quantidade de hierarquias levando em conta a semelhança entre os elementos.

Conforme Lima (2007) “na categorização, o reconhecimento das similaridades e diferenças leva à criação de um conhecimento novo, pelo agrupamento de entidades, de acordo com as similaridades e diferenças observadas”.

Segundo Reis (2005) esse tipo de sistemas de classificação “são mais adequados à preservação de acervos do que a transferência de informação e conhecimento porque retratam bem apenas relações do tipo gênero-espécie e dificultam a criação de novos conceitos a partir da união de conceitos anteriores”.

Um dos sistemas mais utilizados baseado na teoria clássica é a Taxonomia, que segundo Amstel (2005) “é uma forma de classificação caracterizada por relações hierárquicas” e o site TerraForum acrescenta que taxonomia “podem ser definidas como sistemas para organizar, classificar e facilitar o acesso à informação”. Segundo Lima (2005) “os membros de uma taxonomia são relacionados por suas características necessárias e suficientes”.

O outro modelo utilizado para categorização é Modelo de Protótipo que segundo Lima (2007) “o princípio fundamental deste modelo sustenta que as categorias são organizadas em torno de protótipos centrais”, ou seja, os elementos são associados a uma categoria se eles são suficientemente similares ao seu protótipo. Um pardal é mais prototípico para categoria ave do que um pingüim.

A classificação de um conteúdo vista em um primeiro momento seria utilizada apenas para organização do mesmo, mas, ao se fazer à classificação do conteúdo pode-se fazer também uma definição ou separação do conteúdo para quem ele se destina. O conteúdo é criado para que alguém possa consumi-lo e definir quem pode ou irá consumir é uma das preocupações que se deve ter quando se trabalha com conteúdo.

Devem ser levantados quais os tipos de conteúdo que são gerados, quais são os perfis dos consumidores de conteúdos e qual é a melhor forma de organizar os mesmos.

Organizar o conteúdo de forma a facilitar o acesso ao mesmo é uma premissa para qualquer gestor de conteúdo. Imagine um portal onde os conteúdos sobre esporte, economia, política e culinária estejam misturados. As pessoas irão acessar esse portal, tentarão acessar o conteúdo que lhe é de interesse, mas terão uma grande dificuldade em encontrar, pois os assuntos estão todos misturados. Provavelmente nunca mais vão acessar esse portal.

Fontes:
AMSTEL, Frederick van. Classificações na Web. Disponível em: http://www.usabilidoido.com.br/classificacoes_na_web.html. Acesso em 13 abr. 2007.
Lima, G.A.B. Categorização como um processo cognitivo. Ciências & Cognição; Ano 04, Vol 11, 156-167. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org. Acesso em 03 set. 2007.
REIS, Guilhermo. Centrando a Arquitetura de Informação no usuário. Disponível em: http://www.guilhermo.com/ai_biblioteca/referencialink.asp?referencia=243. Acesso em 15 junho 2007.

Características do Conteúdo - 2º Parte - Responsável pelo Conteúdo

O conteúdo não se cria, não se atualiza, não se disponibiliza, não se arquiva e nem se elimina. Para que essas ações ocorram são necessários pessoas ou sistemas que façam isso por ele. Para todo conteúdo deve haver no mínimo um responsável seja ele uma pessoa ou um sistema. Esse gestor será responsável por passar o conteúdo para cada estágio do seu ciclo de vida. O responsável muitas vezes não é a pessoa quem criou o conteúdo, mas é a pessoa quem define quando os estágios devem acontecer.

Pode ocorre também que em cada fase do ciclo de vida tenha um gestor diferente. Um exemplo dessa situação é imaginar um site de notícias. Nele pode existir o repórter quem cria o conteúdo, o editor quem faz a atualização e publica o conteúdo e um sistema que se encarrega de arquivar e eliminar esse conteúdo. O importante é que em cada fase exista pelo menos um responsável.

Uma discussão que envolve esse é assunto e que é tratado por Robertson (2002) é da centralização ou não do gerenciamento de conteúdo, ou seja, colocar poucas pessoas para gerenciar todo o conteúdo ou muitas pessoas responsáveis pelos seus conteúdos.

Segundo Robertson (2002) não existe um modelo certo ou errado para centralizar ou não a gestão de conteúdo, o que existem são vantagens e desvantagens em cada uma das situações e as empresas devem estudar cada uma das opções e definir qual se ajustar mais a sua situação.

Um fórum pode ser um exemplo de gestão de conteúdo descentralizado. Nele cada assunto ou tópico pode ser gerenciado pelo seu criador, isso dá autonomia para que cada criador aplique suas próprias políticas, como pessoas que podem acessar e escrever, tipo de conteúdo aceito e gerenciamento das mensagens escritas.

Já um portal normalmente segue o modelo de gestão centralizada. Normalmente existe um redator que cria o conteúdo só que antes de ser publicado tem que passar pela autorização de um editor que verifica se o conteúdo pode ser publicado ou não. Esse editor passa a ser o gestor desse conteúdo, pois é ele quem define as políticas desse conteúdo nessa determinada fase.

Fontes:
ROBERTSON, James. So, what is a content management system?. Disponível em: http://www.steptwo.com.au/papers/kmc_what/index.html. Acesso em 03 abril 2007.

sábado, 28 de março de 2009

Características do Conteúdo - 1º Parte - Ciclo de Vida

Uma das principais características de um conteúdo é que ele possui um ciclo de vida. Segundo Robertson (2003) o ciclo de vida de um conteúdo é composto de quatro fases: a criação do conteúdo, o gerenciamento do conteúdo, a publicação do conteúdo e apresentação do conteúdo, conforme figura abaixo.

Anatomy of a CMS. Fonte: Robertson (2003)


Conforme a estrutura de Robertson (2003) a primeira fase do ciclo de vida do conteúdo e a criação do conteúdo ou Content Creation. O conteúdo pode ser criado no diversos formatos existentes texto, som ou imagem e pode ser composto por mais de um formato como, por exemplo, um texto que possui imagens para ilustrar.

A segunda fase do ciclo de vida do conteúdo citada por Robertson (2003) é o Content Management ou Gerenciamento do conteúdo é nessa fase que os CMS são utilizados e que é feito todo o gerenciamento do conteúdo como por exemplo possíveis alterações, arquivamento e exclusão do conteúdo.

A terceira fase do ciclo de vida é o Publishing ou publicação do conteúdo. É nessa fase que o conteúdo é disponibilizado para que esteja ao alcance dos receptadores não importando o meio nem a forma em que o conteúdo é disponibilizado.

A quarta e última fase do ciclo de vida do conteúdo segundo Robertson (2003) é o Presentation que é a apresentação do conteúdo. É nessa fase que se tem a preocupação de como o conteúdo é disponibilizado e quais formatos ele será disponibilizado. Não importa qual tecnologia que será utilizada para disponibilizar o conteúdo para os receptores e sim que essas aplicações irão recuperar o conteúdo publicado anteriormente.

Fazendo uma análise mais profunda do modelo sugerido por Robertson (2003) e incluindo o entendimento do conceito de informação pode-se chegar ao modelo mais amplo como mostrado abaixo.

Ciclo de vida do Conteúdo


Conforme o modelo proposto o ciclo de vida passa a ter 6 fases:

O conteúdo é concebido ou criado não importando a forma do mesmo, mas sim o escopo, o tipo de conteúdo, as fontes, que são o conjunto de dados e informações que esse conteúdo possui, e o público esse conteúdo atingirá;

O conteúdo pode ser atualizado antes mesmo de ser disponibilizado ao público. O conteúdo poderá ter diversas versões até que o mesmo esteja pronto para ser consumido. Esse fato ocorre frequentemente em grandes editoras onde o conteúdo de livros, revistas e notícias passam pela a mão dos editores para possíveis ajustes. Deve-se tomar cuidado, pois nessa fase o conteúdo não sofre alterações no contexto e finalidade, pois se isso ocorre estaremos tratando de conteúdos diferentes.

O conteúdo deve ser publicado ou disponibilizado para que esteja ao alcance dos receptadores. Nessa fase a preocupação está no armazenamento e nos canais de acesso ao conteúdo. Existem várias formas de disponibilizar o conteúdo atualmente e o mais comum atualmente é armazenar esse conteúdo em banco de dados para serem acessados por ferramentas para exibição do conteúdo. Outra forma de disponibilizar arquivos para serem baixados. Atualmente existe a arquitetura SOA que tem como intuito disponibilizar serviços e um desses serviços poderia ser para acesso aos conteúdos.

Apresentação o conteúdo é a fase mais complexa de todas as fases, pois nesse momento existe a preocupação na forma como o conteúdo será exibido. O conteúdo só terá comprido o papel se ele for consumido e para que isso ocorra de uma forma mais precisa possível, deve-se tomar a devida preocupação na forma de exibição do mesmo. Incluindo nessa decisão o público para qual será exibido o conteúdo.

O publico alvo é o requisito a ser levado em maior consideração nessa fase, pois será ele que irá consumir o conteúdo.

O conteúdo pode ser interpretado. O conteúdo deve conter informações que os receptadores entendam o significado da mensagem transmitida;

O conteúdo pode ser arquivado. Muitas informações publicadas podem não fazer mais sentido estar disponíveis para os receptadores, mas deve estar disponível para efeito de histórico, por exemplo;

O conteúdo pode ser eliminado ou excluído se a informação não for mais útil.

A informação contida nesse conteúdo não é totalmente perdida mesmo sendo eliminada, pois ela foi absorvida por um receptador, mas ela pode estar agora com mais informações que antes, pois o receptador ira incluir novas informações que ele possui, ou com menos informação, pois o receptor pode ter retirado algumas partes do original.

Fontes:
ROBERTSON, James. So, what is a content management system?. Disponível em: http://www.steptwo.com.au/papers/kmc_what/index.html. Acesso em 03 abril 2007.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entendendo Conteúdo - 3º Parte - Conteúdo

Veremos nessa terceira e última parte quais são a definição de conteúdo. Para nos próximos posts aprofundar nas características do Conteúdo.

Conteúdo

Segundo Lapa (2004) conteúdo “dentro de uma organização pode ser um relatório gerencial, um guia de serviços da empresa, uma relação de produtos, uma planta feita por arquitetos ou engenheiros, um laudo feito por um especialista, uma planilha com dados financeiros, um currículo de um colaborador, enfim, todo e qualquer material que se queira disponibilizar em algum sistema de informação ou site na intranet, internet ou extranet".

O site Avellar & Duarte (2007) define conteúdo como sendo um “conjunto de informações articuladas para veiculação em um ou mais formatos de acordo com objetivos de comunicação definidos. Pode estar sujeito à proteção de direitos de autoria intelectual” e eles citam ainda o conceito genérico dado pelo site Content Management onde eles afirmam:

“Conteúdo é, basicamente, qualquer tipo ou unidade de informação digital. Pode ser texto, imagem, gráfico, vídeo, som documento, gravações, etc. - ou, em outras palavras, qualquer coisa passível de gerenciamento em formato eletrônico.”

Conteúdo é visto principalmente como informação digital, ou seja, qualquer informação que esteja em formato eletrônico. Esses conteúdos podem ser disponibilizados nos mais diversos canais de comunicação como em sites, portais, intranets, compartilhadores de arquivos e outros. E o mais importante, são passíveis de ser gerenciado.

O conteúdo possui todas as características do conceito de informação. Segundo Boiko (2005) “conteúdo é informação posta ao uso”. Boiko (2005) afirma que:

“A informação crua torna-se satisfeita quando é dado um formulário utilizável pretendido para um ou mais finalidade. Cada vez mais, o valor do conteúdo é baseado na combinação de seu formulário preliminar utilizável, junto com sua aplicação, acessibilidade, uso, utilidade, identificação de tipo, e exclusividade”.

Ainda segundo Boiko (2005, pág. 47) conteúdo é uma informação que foi organizada acerca de um propósito específico para um uso específico, ou seja, não basta apenas criar o conteúdo, ele deve ser criado e utilizado de forma a auxiliar ou agregar algo para algum receptor.

Boiko (2005) afirma que conteúdo é a soma de informação e dados. Os dados são utilizados para fornecer uma versão simplificada do contexto e idéia acerca da informação, são os chamados metadados.

Fontes:
BOIKO, Bob. Content Management Bible, 2nd Edition. Indianapolis: Wiley Publishing, 2005.
LAPA, Eduardo. Gestão do Conteúdo como apóio à Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.

Entendendo Conteúdo - 2º Parte - Informação

Veremos nessa segunda parte quais são as características da informação.

Informação

O conceito segundo diverso autores, como Leles (2007) e Souza (2007), é que informação são dados organizados de modo significativo que levam a compreensão do receptor. Para isso ocorrer de forma efetiva é necessário um transmissor, um canal e um receptor. O transmissor pode ser um livro, um site, uma música, uma pessoa, entre outros.

Fonseca e Fidalgo (2007) afirma que informação é “significado associado ou deduzido de um conjunto de dados e de associações entre eles” e ainda que informação pode ser “dado com um significado visível, ou seja, que tenha uma estrutura ou que possa ser expresso através de uma linguagem”. Segundo eles a informação é criada a partir de dados, mas que para isso acontecer o dado recebe um “forte conteúdo semântico”, ou seja, o dado se torna informação a partir do momento que ele passa a transmitir uma mensagem.

Segundo Lapa (2004), “inicialmente a informação pode ser tratada como o dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação”, ou seja, não basta apenas que a informação ser transmitida, o receptor tem que compreender o que foi transmitido.

Laje (1999) afirma que a informação pode ser transportada, armazenada e traduzida. O transporte e armazenamento seguem os mesmos conceitos das características de dado de Fonseca e Fidalgo (2007). Onde o transporte é a forma como a informação é estruturada e armazenamento é forma como a informação é registrada. Já informação pode ser traduzida, ou seja, uma informação pode ser passar de uma forma como foi registrada para outra forma como, por exemplo, descrever uma fotografia em forma de texto.

Fontes:
FONSECA, Fernando & FIDALGO, Robson. Gerenciamento de Dados e Informação. Disponível em: http://www.cin.ufpe.br/~if685/Introducao_arquivos/frame.htm. Acesso em 22 junho 2007.
LAPA, Eduardo. Gestão do Conteúdo como apóio à Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.
LAJE, Nilson. Conceito de Informação. Disponível em: www.jornalismo.ufsc.br/bancodedados/Tinfolamina1.doc. Acesso em 06 set. 2007.
LELES, Andrea D. de. Sistemas de Informação. Disponível em: http://www.sypnet.com.br/content/view/25/2/. Acesso em 22 junho 2007.