quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entendendo Conteúdo - 3º Parte - Conteúdo

Veremos nessa terceira e última parte quais são a definição de conteúdo. Para nos próximos posts aprofundar nas características do Conteúdo.

Conteúdo

Segundo Lapa (2004) conteúdo “dentro de uma organização pode ser um relatório gerencial, um guia de serviços da empresa, uma relação de produtos, uma planta feita por arquitetos ou engenheiros, um laudo feito por um especialista, uma planilha com dados financeiros, um currículo de um colaborador, enfim, todo e qualquer material que se queira disponibilizar em algum sistema de informação ou site na intranet, internet ou extranet".

O site Avellar & Duarte (2007) define conteúdo como sendo um “conjunto de informações articuladas para veiculação em um ou mais formatos de acordo com objetivos de comunicação definidos. Pode estar sujeito à proteção de direitos de autoria intelectual” e eles citam ainda o conceito genérico dado pelo site Content Management onde eles afirmam:

“Conteúdo é, basicamente, qualquer tipo ou unidade de informação digital. Pode ser texto, imagem, gráfico, vídeo, som documento, gravações, etc. - ou, em outras palavras, qualquer coisa passível de gerenciamento em formato eletrônico.”

Conteúdo é visto principalmente como informação digital, ou seja, qualquer informação que esteja em formato eletrônico. Esses conteúdos podem ser disponibilizados nos mais diversos canais de comunicação como em sites, portais, intranets, compartilhadores de arquivos e outros. E o mais importante, são passíveis de ser gerenciado.

O conteúdo possui todas as características do conceito de informação. Segundo Boiko (2005) “conteúdo é informação posta ao uso”. Boiko (2005) afirma que:

“A informação crua torna-se satisfeita quando é dado um formulário utilizável pretendido para um ou mais finalidade. Cada vez mais, o valor do conteúdo é baseado na combinação de seu formulário preliminar utilizável, junto com sua aplicação, acessibilidade, uso, utilidade, identificação de tipo, e exclusividade”.

Ainda segundo Boiko (2005, pág. 47) conteúdo é uma informação que foi organizada acerca de um propósito específico para um uso específico, ou seja, não basta apenas criar o conteúdo, ele deve ser criado e utilizado de forma a auxiliar ou agregar algo para algum receptor.

Boiko (2005) afirma que conteúdo é a soma de informação e dados. Os dados são utilizados para fornecer uma versão simplificada do contexto e idéia acerca da informação, são os chamados metadados.

Fontes:
BOIKO, Bob. Content Management Bible, 2nd Edition. Indianapolis: Wiley Publishing, 2005.
LAPA, Eduardo. Gestão do Conteúdo como apóio à Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.

Entendendo Conteúdo - 2º Parte - Informação

Veremos nessa segunda parte quais são as características da informação.

Informação

O conceito segundo diverso autores, como Leles (2007) e Souza (2007), é que informação são dados organizados de modo significativo que levam a compreensão do receptor. Para isso ocorrer de forma efetiva é necessário um transmissor, um canal e um receptor. O transmissor pode ser um livro, um site, uma música, uma pessoa, entre outros.

Fonseca e Fidalgo (2007) afirma que informação é “significado associado ou deduzido de um conjunto de dados e de associações entre eles” e ainda que informação pode ser “dado com um significado visível, ou seja, que tenha uma estrutura ou que possa ser expresso através de uma linguagem”. Segundo eles a informação é criada a partir de dados, mas que para isso acontecer o dado recebe um “forte conteúdo semântico”, ou seja, o dado se torna informação a partir do momento que ele passa a transmitir uma mensagem.

Segundo Lapa (2004), “inicialmente a informação pode ser tratada como o dado trabalhado, útil, tratado, com valor significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação”, ou seja, não basta apenas que a informação ser transmitida, o receptor tem que compreender o que foi transmitido.

Laje (1999) afirma que a informação pode ser transportada, armazenada e traduzida. O transporte e armazenamento seguem os mesmos conceitos das características de dado de Fonseca e Fidalgo (2007). Onde o transporte é a forma como a informação é estruturada e armazenamento é forma como a informação é registrada. Já informação pode ser traduzida, ou seja, uma informação pode ser passar de uma forma como foi registrada para outra forma como, por exemplo, descrever uma fotografia em forma de texto.

Fontes:
FONSECA, Fernando & FIDALGO, Robson. Gerenciamento de Dados e Informação. Disponível em: http://www.cin.ufpe.br/~if685/Introducao_arquivos/frame.htm. Acesso em 22 junho 2007.
LAPA, Eduardo. Gestão do Conteúdo como apóio à Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.
LAJE, Nilson. Conceito de Informação. Disponível em: www.jornalismo.ufsc.br/bancodedados/Tinfolamina1.doc. Acesso em 06 set. 2007.
LELES, Andrea D. de. Sistemas de Informação. Disponível em: http://www.sypnet.com.br/content/view/25/2/. Acesso em 22 junho 2007.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Entendendo Conteúdo - 1º Parte - Dado

Para começarmos o entendimento de Gestão de Conteúdo devemos antes de qualquer coisa entender o que é conteúdo. Para isso vamos fazer um entendimento rápido de algumas formas de comunicação como dado, informação e conteúdo.

Nessa primeira parte iremos ver as características dos dados.

Dado

Setzer (2007) define dado com sendo “uma seqüência de símbolos quantificados ou quantificáveis”.

Nesta mesma linha Souza (2007) e Leles (2007) definem dados como “fatos em sua forma primária”. Representa as coisas do mundo, como nome de um empregado e número de horas trabalhadas.

De uma forma mais abrangente Fonseca e Fidalgo (2007) definem dado como “fatos registrados, e que têm um significado implícito, sobre fenômenos do mundo real”. Sendo esses fatos registrados uma “gravação em código adequado de uma observação, de um objeto, de um fenômeno” e “utilizados para transmitir, armazenar e deduzir informações”.

Segundo a conceituação de Fonseca e Fidalgo (2007) os dados surgem de influencias externas, através de fenômenos e objetos e de forma desorganizada. Após uma estruturação por percepção, que é a transformação da percepção em seqüência de símbolos que podem ser quantificados, o dado está pronto para ser utilizado.

Seguindo esses conceitos um texto, uma imagem ou um som é um dado, porque eles por si só não têm significado claro. Qualquer pessoa que tiver acesso a esse dado pode tirar uma conclusão ou mesmo chegar a nenhuma conclusão.

Um exemplo de dado seria a colocação de um valor: “2006”. Qualquer pessoa poderia chegar à conclusão que estamos nos referindo ao ano de 2006 ou sobre o valor de alguma mercadoria ou a nenhuma conclusão. O valor 2006 não deixa claro o seu significado sendo visto isoladamente.

Outro exemplo seria disponibilizar um dado isoladamente em um site, ele não atingiria as expectativas esperadas, pois as pessoas que fossem acessar o dado não iriam entender o significado.

Fonseca e Fidalgo (2007) afirmam que os registros de dados possuem duas características: “um meio de comunicação” que é a forma como o dado é estruturado como, por exemplo, uma figura ou uma linguagem e “um meio de armazenamento” que é forma como o dado é registrado como, por exemplo, pedra, papel ou bits.

Um dos mais famosos e mais utilizados meios de armazenamento de dados que existe são os SGDB, ou Sistema Gerenciador de Bando de Dados, que muitos deles vêem com diversas funcionalidades, mas que a principal delas continua sendo a de manter “coleção de dados inter-relacionados” ou “conjunto de dados estruturados que são confiáveis, coerentes e compartilhados por usuários que têm necessidade de informações diferentes” (Fonseca e Fidalgo, 2007).

Fontes:
FONSECA, Fernando & FIDALGO, Robson. Gerenciamento de Dados e Informação. Disponível em: http://www.cin.ufpe.br/~if685/Introducao_arquivos/frame.htm. Acesso em 22 junho 2007.
LELES, Andrea D. de. Sistemas de Informação. Disponível em: http://www.sypnet.com.br/content/view/25/2/. Acesso em 22 junho 2007.
SETZER, Valdemar W. Dado, Informação, Conhecimento e Competência. Disponível em: http://www.inf.pucrs.br/~gilberto/Sistemadeinformacao/dado-competencia.pdf. Acesso em 01 mar 2007.
SOUZA, Reginaldo Ferreira de. Introdução aos Sistemas de Informação. Disponível em: http://www.dcc.ufla.br/~monserrat/icc/SI%20Reginaldo.ppt. Acesso em 22 junho 2007.